quinta-feira, 23 de abril de 2009

Colcha de retalhos


Um papel em branco. Uma caneta na mão. Ideias a mil na cabeça e no coração. Necessidade de escrever. Desejo de exteriorizar aquilo que sinto, que penso, que vejo. Pego o papel. Caneta a punho. Começo a escrever sem saber ao certo o resultado. As palavras saem, muitas vezes, desordenadas. Mas saem de um coração que pulsa por elas, através delas!
Antes, separadas e isoladas, são meras palavras; agora, juntas, vão-se transformando em uma espécie de cadeia, uma verdadeira colcha de retalhos...
Publicadas em uma vitrine, são visualizadas (muitas vezes, deslumbradas) por almas e corações sedentos delas, mas que, por algum motivo, não as conseguem concebê-las.
Uma vez lidas, são analisadas, aceitas ou rejeitadas. Aí depende do juízo que cada um faz delas. E nunca mais serão as mesmas, visto que já não mais fazem parte apenas de mim, mas de muitos outros.
São doces ou amargas; frias ou calorosas; confortantes ou desconcertantes... uma coisa eu sei: são minhas! E são sempre verdadeiras. Para elas, não consigo mentir.
Se um dia tirarem-nas de mim, não serei eu por completo. Faltará um pedaço enorme de mim, pois é por meio delas que sobrevivo nessa montanha-russa que muitos chamam “Vida”.

Dias enormemente lindos a todos.

Carolzinha Andrade

Um comentário:

Natália Macedo disse...

Amiga,como foi gostoso te ler,ler a tua vida exposta nessa colcha de retalhos...espero estar incluída nela,como você está na minha.