sábado, 19 de julho de 2008

Somos nós os civilizados???


O Parque Indígena do Xingu (antigo Parque Nacional Indígena do Xingu) foi criado em 1961 pelo então presidente Jânio Quadros, tendo sido a primeira terra indígena homologada pelo governo federal. Seus principais idealizadores foram os irmãos Villas Bôas.
A área do parque, que conta com mais de 27 mil quilômetros quadrados (aproximadamente 2.800.000 ha, incluindo as Terras indígenas Batovi e Wawi), está situado ao norte do estado de
Mato Grosso, numa zona de transição florística entre o planalto central e a Amazônia. A região, toda ela plana, onde predominam as matas altas entremeadas de cerrados e campos, é cortada pelos formadores do rio Xingu e pelos seus primeiros afluentes da direita e da esquerda. Os cursos formadores são os Rios Kuluene, Tanguro, Kurisevo e Ronuro - o Kuluene assume o nome de Xingu à partir da desembocadura do Ronuro, no local conhecido pelos indígenas como Mÿrená. Os afluentes, os Rios Suiá Miçu, Maritsauá Miçu, Auaiá Miçu, Uaiá Miçu e o Jarina, próximo da cachoeira de Von Martius.

Atualmente, vivem na área do Xingu, aproximadamente 5.500 índios de catorze etnias diferentes pertencentes às quatro grandes famílias lingüísticas indígenas do Brasil: Carib, Aruak, Tupi, . Centros de estudo, inclusive a UNESCO, consideram essa área como sendo o mais belo mosaico lingüístico puro do país. As tribos que vivem na região são: Kuikuro, Kalapálo, Nahukuá, Matipú, Txikão (Ikpeng) (todos de tronco carib), Mehináku, Waurá, Yawalapití (tronco Aruak), Awetí, Kamaiurá, Juruna, Kayabí (tronco tupi-guarani), Trumãi (língua isolada), Suiá (tronco Jê); já tendo ainda morado na área do parque os Panará (Kreen-akarore), os Menbengokrê (Caiapó) e Tapaiuna (beiço-de-pau). Criado o Parque Nacional do Xingu, posteriormente denominado Parque Indígena do Xingu, em 1961, Orlando Villas Bôas foi nomeado seu administrador Geral. No exercício dessa função, pôde melhorar a assistência ao índio, garantir a preservação da fauna e da flora da região, reaparelhar os Postos de assistência. Ainda como administrador do Parque, Orlando Villas Bôas, favoreceu a realização de estudos de etnologia, etnografia e linguística a pesquisadores não apenas nacionais como de universidades estrangeiras. Autorizando, ainda, a filmagem documentária da vida dos índios, deu margem a um valioso acervo audiovisual. A épica empreitada dos irmãos Villas Boas é um dos mais importantes e polêmicos episódios da antropologia brasileira e da história indígena. A concepção do Parque Indígena do Xingu, os custos para sua implementação e suas drásticas consequências, o constante ataque de madeireiros e latifundiários, as políticas indigenistas do Estado brasileiro são temas importantes para a reflexão sobre o significado de toda esta experiência.

...

Assistindo ontem a uma reportagem no Câmera Record sobre os índios xingus (muito boa, por sinal), e como a reflexão insiste em fazer parte de minha existência, veio a mim o questionamento que dei por título a essa pequena explanação.
Muitos costumes dos índios xingus chamaram-me a atenção, em especial alguns:

*Após o nascimento do bebê, as mulheres ficam reclusas por, nada mais nada menos que 6 meses! Isso mesmo! Não saem de perto de seus filhotes por nada. E isso serve para o pai também! O sustento da família, então, fica por conta da comunidade, que se encarrega de suprir todas as necessidades do casal que está acompanhando seu bebê nessa fase tão importante de sua vida, os seis primeiros meses. É a vida, em seu sentido mais primitivo, onde o que importa é o coletivo;
*As meninas, após a primeira menarca (ou menstruação) ficam reclusas por 2 anos, aprendendo todos os costumes e deveres de uma mulher xingu. Todos esses ensinamentos lhes são transmitidos por suas mães. E se perguntarem se elas se sentem em algum momento "presas" ou "infelizes", respondem que não, com um sorriso tão sincero, que dá pra ver a alma delas...;
*Mas não pensem que isso é só para as mulheres não! Os meninos também ficam, às vezes, por um período muito maior. Durante esse período de reclusão, eles aprendem, dentre os costumes e tradições, a se tornarem grandes guerreiros;

*Os homens xingus podem exercer a bigamia (ter mais de uma mulher). OBS: É bem verdade que quanto a isso não sou a favor não! hehe... mas o que me chamou a atenção foi a forma harmoniosa que elas convivem umas com as outras, sempre vendo na outra esposa uma companheira para dividir as tarefas domésticas e a criação dos filhos;

*O combate entre eles (eis o ponto que me chamou mais atenção!). A disputa começa desde os preparativos: pinturas no corpo, acessórios, etc. Ao iniciar a luta, ganha o índio que conseguir jogar o adversário no chão, de costa. Sem nenhuma arma! Principalmente de fogo! De cada aldeia, sai um vencedor, que vai disputar com os vencedores das demais aldeias. O vencedor das aldeias, será o cacique mais respeitado dentre todas.

Diante de tais constatações e evidências, meu questionamento continua...

SOMOS NÓS OS CIVILIZADOS?
...
Carolzinha Andrade.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Escolhas...


Minhas escolhas sempre me levaram a percorrer caminhos muitas vezes desconhecidos. Mas a certeza de estar fazendo o que meu coração pedia, sempre me trouxe a felicidade da recompensa, da chegada a um lugar que nem eu mesma imaginava poder chegar.

Acredito no poder de nossas escolhas. Todos somos dotados de capacidade o suficiente para escolhermos ser isso ou aquilo. Ninguém pode fazer isso por outrem. E quando isso acontece, acredite, cedo ou mais tarde, resulta em algo nada bom. A frustração é o caminho certeiro para tal.

Desde escolhas mais simples, como se faço Medicina ou Direito; se caso ou viro freira; se compro um carro ou uma bicicleta, até esolhas que, a meu ver, são mais complexas e exigem de nós um esforço além do comum, como ser feliz ou ser triste; amar ou odiar; perdoar ou viver uma vida repleta de mágoa e rancor...

Enfim, como podemos ver, a vida, dia-após-dia, nos cerca de escolhas. E nem sempre estamos preparados para optar entre um ou outro.

Talvez minha dependência de Deus tenha sempre prevalecido em minhas escolhas. E é por isso que continuo insistindo nessa dependência. Por mais que pareça tolice para alguns.

Tenho sido muito abençoada por Deus. E Ele também tem me dado muita prova para que eu possa crescer assim que for aprovada.

Em minha vida as coisas sempre acontecem assim. Em um 'piscar de olhos' tenho que tomar decisões que podem mudar o rumo de minha vida, tipo em um giro 360°. É nessas horas que eu encontro refúgio em Deus, meu Pai eterno.

E Nele, tenho sido mais, muito mais que vencedora.

Se você precisa tomar decisões que, muitas vezes, pode mudar a história da sua vida e de muitas pessoas que fazem parte dela, lembre-se que Deu s é nosso Pai eternamente amigo. Ele está sempre de braços abertos, esperando sua decisão de se refugiar Nele.


Grande abraço.

sábado, 12 de abril de 2008

É tão estranho...


*Love in the afternoom*
(Legião Urbana)

É tão estranho
Os bons morrem jovens
Assim parece ser, quando me lembro de você
Que acabou indo embora, cedo demais
Quando eu lhe dizia, me apaixono todo dia
É sempre a pessoa errada
Você sorriu e disse: eu gosto de você também
Só que você foi embora cedo demais
Eu continuo aqui
Meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você
Dias assim, dias de chuva, dia de sol
E o que sinto não sei dizerVai com os anjos, vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade, até a próxima vez
É tão estranho
Os bons morrem antes
E lembro de você e de tanta gente que se foi cedo demais
E cedo demais,eu aprendi a ter tudo que sempre quis
Só não aprendi a perder
E eu que tive um começo feliz
Do resto não sei dizer
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mas eu sei
Que você está bem agora
Só que neste ano eu sei que o verão acabou
Cedo demais

-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-x-

Sabe quando você conhece alguém e tem a impressão que um dia ou outro, uma hora ou outra, ia conhecer essa pessoa?
Sabe quando você recebe um sorriso e tem a impressão que não existe no mundo outro igual?
Sabe quando você vê num olhar algo parecido como um cometa?
Sabe quando você recebe um abraço, que mais parece uma despedida?
Conhecer Walderson me oportunizou tudo isso...
Um menino de sorriso maroto tal qual jamais conheci...
E fico aqui pensando...
São nessas horas que eu, que já não entendo muita coisa dessa vida, entendo menos ainda...
Como será possível alguém como você, morrer antes mesmo de viver tantas coisas na vida.
Talvez, antes de ter vivido um grande amor. Antes de realizar metade de seus sonhos. Antes de fazer a viagem dos seus sonhos... Antes de ter o orgulho de votar pela primeira vez... Antes de tirar a carteira de motorista... Antes de se alistar no Exército... Antes... Muito antes de tanta coisa...
As palavras não são capazes de traduzir metade da dor que assola todos aqueles que te conheceram e que fizeram parte de sua vida. Uma vida que era vivida celebrada com a alegria da juventude.
Jamais esquecerei o último sorriso.
O último abraço.
A última brincadeira.
A última cantada...hehe.
O último 'tchau'.

"Vá com os anjos..."
"Do resto, não sei dizer..."

Walderson, você foi um anjo que passou por nossas vidas e com sua alegria, nos abençoou muito.
Até breve.


Carolzinha Andrade

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Cada um tem dos outros exatamente o que cativa...


Está aí algo que acredito sem medo. Cada um tem dos outros exatamente aquilo que cativa. Pelo menos, comigo é assim, sim senhor.

Podemos até passar algum tempo direcionando sentimentos e outras coisas afins para alguém que não nos cativou, mas um dia aprendemos que o que realmente conta, o que realmente vale, o que realmente tem importância é o quanto somos cativados. Aí sim, existe amor (ou amizade!), sentimento verdadeiro.

Durante muito tempo acreditei que amar uma pessoa mesmo que essa não tivesse cativado esse sentimento em mim, era algo 'nobre', digno de ser admirado. Precisei aprender da forma mais dura possível que isso não é verdade.

Quando cativamos ou somos cativados, o sentimento que nasce dura para sempre, mesmo que o tempo e a distância façam tudo para tornar isso impossível. Hoje eu sei que as pessoas que relamente ficaram em minha vida foram aquelas que, de certa forma, eu cativei e que me cativaram.

Hoje entendo perfeitamente o que significa a frase "o que é realmente nosso, nunca se vai..."

Por vezes andamos cabisbaixos por certos distanciamentos, mas o que é nosso, o que é realmente nosso, nunca se vai, mesmo ante às tempestades da vida.

Isso sim, faz a vida valer à pena.


Por isso...

"Não corra atrás das borboletas. Plante seu jardim que elas virão."


Cheiro no coração.

*_*


Carolzinha Andrade

sábado, 5 de janeiro de 2008

O poder do abraço.


Adoro abraço! Principalmente, se for apertado, carinhoso e sincero.
Os últimos dias de 2007 foram regados a muitos deles (abraços).
De crianças, jovens e adultos. Amigos, conhecidos, familiares...
Fiz questão de recebê-los um a um.
Eu acredito no poder do abraço. Do calor humando transmitido através dele.
Acredito na capacidade que ele tem de levantar o caído, dar força ao fraco e abatido, ânimo ao desanimado, enfim... só traz coisas boas!
Sou dependente de abraço, confesso!
Não importa de quem seja, a que horas do dia ou da noite.
E não me importo mesmo onde esteja e o que os outros irão falar... hehe.
Importa-me é se vou sair de perto de alguém com a certeza que ela sairá sentindo-se uma pessoa melhor (eu creio que essa seja nossa grande Missão nessa terra).

Quero continuar sendo digna (sempre!) de todos esses abraços recebidos e dos que ainda irei receber...
É isso, somente e apenas isso que preciso para ser Feliz de verdade!

Carolzinha Andrade.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Início de ano.


Início de ano é sempre assim. Planos e metas são traçados. Objetivos de uma vida. Projetos são revistos; alguns, inciados; outros, recomeçados.
Isso é inerente a todo ser humano e é difícil quem não passe por isso, seja em grau maior ou menor de planejar.
O ano de 2007 foi bom. Porém, foi apenas um ensaio (como diria minha amiga Naty Macedo) do que ainda está por vir.
Foi um ano de muitas mudanças em minha vida. Algumas dessas, muito repentinas. E posso dizer, com a pouca certeza que tenho sobre algumas coisas da vida, que todas essas mudanças foram muito importantes para mim, para meu crescimento como pessoa.
Talvez um dos maiores aprendizados que tive foi o de tomar certas decisões. Por vezes, isso implicava, inclusive, em ser feliz.
Acredito piamente que felicidade é uma questão de escolha (meu velho discurso, sim senhor!). Você até pode, em certos momentos, fazer escolhas erradas em sua vida. Mas cabe a você escolher de que forma irá encarar as conseqüências de sua(s) escolha(s). O que não adianta é tentar procurar culpado(s) por algo que está em suas mãos decidir. Ah... e o que fará daí pra frente, também é escolha sua.
Eu acredito no poder de escolha do ser humano. Não fosse assim, Deus não nos teria dado o livre arbítrio.
Os primeiros dias de 2008 têm sido assim. Cheios de planos, avaliações, traçando metas e objetivos. Em todas as áreas da vida. O que não dá é pra deixar que as coisas aconteçam ao seu bel prazer. A intenção é chegar ao final do percurso tendo a certeza que se lutou para conseguir o que queria.
Estou de mudança para este espaço.
Ao que tudo indica, vou ficar bem por aqui.
Espero. (risos).
Por enquanto, é só.

"O essencial é invisível aos olhos."
Carolzinha Andrade.