quinta-feira, 23 de abril de 2009

Colcha de retalhos


Um papel em branco. Uma caneta na mão. Ideias a mil na cabeça e no coração. Necessidade de escrever. Desejo de exteriorizar aquilo que sinto, que penso, que vejo. Pego o papel. Caneta a punho. Começo a escrever sem saber ao certo o resultado. As palavras saem, muitas vezes, desordenadas. Mas saem de um coração que pulsa por elas, através delas!
Antes, separadas e isoladas, são meras palavras; agora, juntas, vão-se transformando em uma espécie de cadeia, uma verdadeira colcha de retalhos...
Publicadas em uma vitrine, são visualizadas (muitas vezes, deslumbradas) por almas e corações sedentos delas, mas que, por algum motivo, não as conseguem concebê-las.
Uma vez lidas, são analisadas, aceitas ou rejeitadas. Aí depende do juízo que cada um faz delas. E nunca mais serão as mesmas, visto que já não mais fazem parte apenas de mim, mas de muitos outros.
São doces ou amargas; frias ou calorosas; confortantes ou desconcertantes... uma coisa eu sei: são minhas! E são sempre verdadeiras. Para elas, não consigo mentir.
Se um dia tirarem-nas de mim, não serei eu por completo. Faltará um pedaço enorme de mim, pois é por meio delas que sobrevivo nessa montanha-russa que muitos chamam “Vida”.

Dias enormemente lindos a todos.

Carolzinha Andrade

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Até breve...


As palavras que hoje escrevo saltitaram de um coração pesado em saudades...
Essa semana a “pátria amada, Brasil” chorou a partida de um filho que tanto a amou de forma tão plena e destemida: Marcio Moreira Alves.

Jornalista competentíssimo e político implacável, Marcio conheceu e falou sobre um Brasil como poucos já o fizeram!

Foi onde ninguém quis ir, fez questão de tornar conhecido o que muitos ignoravam.
Conheci o Marcio, digamos assim, através de uma de suas obras mais sublimes, tal qual a joia mais rara de uma coleção: “Brava gente brasileira”.

Nela, Marcio retrata um Brasil quase que desconhecido pela maioria de sua população; um Brasil de gente que faz acontecer, de gente que não precisa de holofotes para fazer algo de grandioso em favor daqueles que realmente necessitam.

É uma verdadeira injeção de ânimo para quem está precisando!

Fica aqui o registro de uma doce e, hoje, saudosa lembrança...

Até breve, Marcio!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pauliceia desvairada


Pensando e refletindo “cá com meus botões”, vejo a vida passar. Muitas pessoas vindo de lá para cá. E nesse vaivém sem fim, ninguém olha para si, tentando resgatar o que se perdeu.
Penso, reflito, analiso e chego a algumas conclusões (se é que isso é possível nessa pauliceia desvairada chamada VIDA!). Não tenho a pretensão de ser dona da verdade para ninguém, mas existem, sim, inúmeras questões que são verdades para minha vida e nelas tenho pautado minha existência... e tenho sido feliz assim!
Não consigo perceber-me fazendo promessas que não irei cumprir. Não consigo viver nada pela metade (seja sonho, projeto, paixão ou afins). Ou me entrego de corpo, alma e coração ou nada feito! Sem essa de ser mais ou menos. Não sei trabalhar pensando somente no contracheque que irei receber no final do mês (é claro que isso é importante, e estaria sendo hipócrita se afirmasse o contrário, mas não é tudo!). Só me envolvo naquilo que me dá prazer – graças a Deus, tenho sido diária e abundantemente agraciada na profissão que me escolheu. Não sei pensar, agir ou sentir nada fracionado.
Esse modo de ser, por vezes, atribuiu a mim a “fama” de exagerada, barulhenta... é o meu jeito, apesar de carregar nos ombros uma tremenda timidez que me “poda” sempre que necessário...
O que sinto, isso sim, eu digo. Um “eu te amo” pode até custar a sair de minha boca, mas quando sai, acredite, é sincero e de coração!
Viver é uma aventura. Algumas pessoas passam por ela; outras, vivem-na com tamanha grandeza que são chamadas de “loucas”. (Por falar nisso, qual é o parâmetro da normalidade mesmo?!).
Bom... gostaria que minha vida fosse um eterno nascer do sol, de preferência, com a serena presença de alguns pássaros cantarolando uma linda canção. E isso pode até não acontecer do lado de fora, mas no palco da minha imaginação, sempre acontece sim.
E assim, vou seguindo meu caminho... sigo confiante em tudo que há de bom em meu coração e que me faz ter a certeza que minha felicidade depende das escolhas que eu faço.

“Não é tão simples viver a vida. Às vezes, ela contém capítulos imprevisíveis e inevitáveis. Mas é possível escrever os principais textos de nossa vida nos momentos mais difíceis de nossa existência.” Augusto Cury

Dias melhores a todos.
Cheiro no coração.
Carolzinha Andrade.